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Entre a lamúria e a luxuria.


“ Me deparei, por coincidência, com você na rua. Como quem perdeu-se no mundo da lua depois de centenas de decepções. Feito uma ave, que saiu do bando, que ficou sem ninho. Igual uma rosa que virou espinho, na metamorfose das desilusões. Nossa conversa não passou de um: oi? Como vai você? Que além da surpresa não tinha porque sorrir no presente da dor do passado. Vendo-nos juntos deu pra perceber que eu mais feliz estou, você foi um vento de amor que passou, não deixou nem marcas pra não ser lembrado. Para os meus olhos você não tem mais aquela aparência: Rosto bem cuidado, pele com essência. E o poder nas mãos de me ter aos seus pés. Sua arrogância foi pela idade substituída, no diagnóstico feito pela vida, você em dois anos envelheceu dez. Pouco juízo falta de conselhos, muitas vaidades, dispensando tantas oportunidades, hoje você vive sozinho e carente. Segunda chance depois dessa idade é um presente raro. O mundo não poupa o tempo cobra caro. Não perdoa juros nem dá prazo a gente." autor desconhecido

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