“Se é mesmo importante que eu responda as perguntas
que tanto desprezo, se definir o que sou vai te fazer mais feliz, se
quer mesmo saber de mim, comece pelas entrelinhas. Pelo não dito. Pelo
movimento dos cílios e as pupilas dilatadas, os olhos nervosos que não
se fixam, o modo de apoiar o peso do corpo em uma das pernas e me
preocupar com o cabelo. Olhe para as mãos que não sabem repousar e a voz
que desafina. Por favor, sou tão ridiculamente fácil de decifrar e
ainda insistem em seguir pelo caminho errado. Exponho-me tanto e ainda
querem uma cartilha.”
C.C
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