Outros me olhavam, outros pareciam talvez
até um pouco mais interessantes, mas eu escolhi você.
Que esquisito, eu já havia escolhido outros outras vezes.
Dessa vez tudo foi diferente, dessa vez não era tão simples assim,
dessa vez havia um diferencial tão complexo:
você me escolheu também."
(Maria Clara Machado)
NOSTALGIA
confesso que derramei uma lagrima bem contida ao ler essa tirinha... coisa simples é lindo e existe muito pouco!
via @tati_bernardi
- Tom: É... acho que e é isso o que eu não vou entender nunca. Quer dizer... não faz o menor sentido.
- Summer: Mas aconteceu.
- Tom: Eu sei, mas é isso o que eu não entendo. O que aconteceu?
- Summer: É que eu acordei um dia e eu soube...
- Tom: Soube o quê?
- Summer: Que com você eu nunca tive certeza.
- Tom: Sabe o que é chato? Perceber que tudo que acreditamos é mentira. É um saco.
- Summer: Como assim?
- Tom: Destino, alma gêmea, amor verdadeiro e toda essa bobagem infantil de conto de fadas. Tinha razão. Eu devia ter te ouvido.
- Summer: Tom, não diga isso. rs
- Tom: O que foi? Você tá rindo de quê?
- Summer: Eu acho que é porque eu tava sentada lendo 'tal livro' e um cara chegou até a mim e perguntou do livro. Agora ele é meu marido.
- Tom: E daí?
- Summer: Daí? E se eu tivesse ido ao cinema? E se eu tivesse ido almoçar em outro lugar? E se eu chegasse 10 minutos depois? Era uma coisa que era pra ser. E eu continuo pensando 'o Tom tinha razão'."
(500 dias com ela)
Que a paixão se transforme em qualquer coisa que pareça com paz, mas não com cansaço. Que a gente não faça planos e ainda assim consiga realizar cada um dos sonhos não planejados. Que nós tenhamos a nossa casa e que ela não seja luxuosa, apenas aconchegante, porque luxo acomoda e aconchego dá força para mais um dia. E que também tenhamos filhos, porque todo homem quer um filho da mulher que ama e toda mulher deseja, mesmo que em segredo ser mãe.
Que a gente pare com essa mania infantil de dar um passo no caminho certo e dez rumo a um caminho que não é nosso, e que comece a andar pra frente sem questionar o que ficou pra trás. Que ele seja pra mim tudo o que tem sido até hoje para sempre e que eu jamais me permita ter dúvidas porque amor mesmo é feito de certeza. Que nada nos falte, mas que também não sobre, todo excesso faz mal e toda falta se transforma em vazio.
Que ele não me permita esquecer em nenhum momento o motivo de estarmos juntos e que eu jamais o deixe pensar que foi em vão. Que a paciência seja exercida diariamente por mim e também por você pra que a gente nunca profira ofensas e nem deixe a raiva falar mais alto que o carinho e o respeito. Que a indecisão não faça parte dos nossos dias e que o medo não nos atormente nem em pesadelos.
Que a gente tenha tudo o que precisa pra ser feliz, mas que saiba ser feliz com bem pouco. Que a gente se transforme em uma energia, força ou qualquer coisa bem leve e que todo esse amor seja enfim compensado.
Amém!
By Amanda Teles
90 DIAS DE FLORES
Clarissa M Lamega com adapataçoes Wingridy Tavares
p.s: EU CONTINUEI RECEBENDO TANTO CARINHO QUE FUI FICANDO ATÉ HOJE.... (f)
"Meu coração é um álbum de retratos tão antigos que suas faces mal se adivinham. Roídas de traça, amareladas de tempo, faces desfeitas, imóveis, cristalizadas em poses rígidas para o fotógrafo invisível. Este apertava os olhos quando sorria. Aquela tinha um jeito peculiar de inclinar a cabeça. Eu viro as folhas, o pó resta nos dedos, o vendo sopra.
Meu coração é o mendigo mais faminto da rua mais miserável.
Meu coração é uma planta carnívora morta de fome.
Meu coração é uma velha carpideira portuguesa, coberta de preto, cantando um fado lento e cheia de gemidos - ai de mim! ai, ai de mim!”
Sou ruínas de edifícios que nunca foram mais do que essas ruínas, que alguém se fartou, em meio de construí-las, de pensar em que construía.
Não nos esqueçamos de odiar os que gozam porque gozam, de desprezar os que são alegres, porque não soubemos ser, nós, alegres como eles... Esse sonho falso, esse ódio fraco não é senão o pedestal tosco e sujo da terra em que se finca e sobre o qual, altiva e única, a estátua do nosso Tédio se ergue, escuro vulto cuja face um sorriso impenetrável nimba vagamente de segredo.
Benditos os que não confiam a vida a ninguém."
Bernardo Soares, in 'Livro do Desassossego'
bemm assim!
-Tati Bernardi-
YOU
Quando começa a ficar bom, eu ou desconfio ou dou um passo para trás.
Tá aí. Entendi, eu acho. Depois de uma pilha de relacionamentos frustrados, e mais uma fila, de gente arrependida, eu não sou categorizada como mulher pra namorar. E não, não fico triste. Até abro um sorriso. Não sou mulher pra namorar. E o maior problema nisso tudo: sou mulher pra casar! É isso mesmo. Todos querem me congelar. Pensam em me guardar num potinho; quem sabe pra daqui uns anos, ou algum dia, quando a tão falada estabilidade financeira chegar. Depois que dou as costas, acabam se tocando que como eu, mais nenhuma. Poucas, quem sabe. E vão penar até encontrar.
Existe uma diferença, mesmo que sutil, entre mulheres namoráveis e musas pra uma vida inteira. E as declarações póstumo-amorosas que escuto dos coitados que não aproveitaram a chance maravilhosa que era me ter ao lado, e não souberam aproveitar, reforçam ainda mais o coro. Ficam no pé por dias. Alguns, estão implorando à meses. Pode demorar, mas voltam. Sempre, sempre. Isso, se você for menina de véu e grinalda, que se sonha em deitar sob a grama e olhar as estrelas. Se não, desculpa, mas você fica na categoria de temporárias. Uma pena.
Mulher pra casar é aquela que sai com os pés firmes, e sabe o caminho de volta. Consegue adequar sua vida, com ou sem um cara. A sonhadora de tempo-curto, coloca outro, ou até mesmo, no plural, no lugar. E ainda assim, não é feliz, se embola ainda mais em encontros mornos, amores requentados e chances boas desaproveitadas. A futura casada chora tudo que tem pra chorar num dia, ou no máximo dois. Fala o que tem a dizer, e escuta de pé o que não precisaria ouvir. E ainda assim, mantém a sua integridade, e caminha sorrindo, sabendo que a vida pode lhe reservar surpresas mil, quem sabe na próxima porta. Ou janela. A apenas-namorável não diz o que pensa, muito menos o que sente. E continua a procurar o mal-feitor, aquele que já está em outra, e nem aí. Fingindo ser superior, e não notando, o quão ridícula pode soar, com todo o seu teatro. Realmente, uma comédia. Casável, e sua vida própria; namoradinha, e largo tudo pra te ver. Agorinha. Na mão, quando quer. Uma desvalorização que beira ser pior que a Bolsa de Valores.
Mulher pra casar mantém intactas as suas prioridades, e mais: seus gostos. Não é porque o rapaz curte um pagode, que ela larga o seu bom e velho rock de lado. Continua pintando as unhas de cores experimentais. Não afoga seu estilo moderno, porque ele é conservador. Faz mais do que isso: consegue a façanha de o fazer amar tudo isso. Ela encanta. E o deixa também encantado. Sabe se adequar às diferenças, e que além de tudo, dão cor aos (bons) relacionamentos. Ele não se sente preso. E sim, quer prender essa criatura encantadora a qualquer custo. Não pode, e nem quer, deixar pra mais ninguém. Pena que, se dêem conta disso somente depois de algumas pisadas na bola; e a guria já longe, alheia. Distante. A menina para namorar, não. Finge gostar do que detesta, e vai além com seu script: gosta de tudo o que o cara gosta. Tudinho. Pra estar grudada, enclausurada, unida nele. E não percebe, que se mantém cada vez mais longe, é do coração que queria atingir. Qualquer coisa está boa. E é assim que ele a vê: qualquer coisinha. Aperitivo.
Mulher pra casar, e seu jeito único. Garota de namoro, e a atitude que tantas tiveram. Seu tempo, ruindo com o vento. Ampulheta baixando, e tic-tac: hora de dar tchau, sábios Teletubies.
Quase-noiva e amor com sexo; namorada, e sexo sem amor. Tesão, apenas. Válvula de escape. Mulher pra casar, e nenhuma preocupação em agradar; menina da vez, e apenas porque era o momento DELE de dar um tempo das festas, e parar. E surpresa: você estava ali, sem nada melhor. Ele também, acredite. Casável, e sua marca registrada. Eterna. Namorável, e uma a mais na lista. Temporária. Aquela que se sonha em ver rodeada de filhos, e pilotando um fogão, e não tem nenhuma vontade disso. E sim desejo de viajar, construir carreira, e pular de para-quedas. Essa, pra one night stand, e vê-la nua. Quem sabe, por mais alguns dias. E ela que abandone os planos pra essa noite, pra quando o boy quiser. Um grande diferencial: uma tem metas, sonhos e delírios, além de um homem. A outra, deixa tudo de lado, por uma pessoa de carne e osso, como ela. Vida própria, não existe. E amor próprio, menos ainda. Amigas, adeus. Colégio, de mal a pior. E o que ela ganha, é apenas estabilidade (com tempo marcado) e segurança. Uns chifres na cabeça, que a sociedade é ainda muito machista e hipócrita. Tradução: tédio e enganação. Os homens escolhem quem vão namorar, mas na maioria das vezes, não tem o mesmo poder sob quem os faz comprar uma aliança para dois. O coração, e a vontade de ter ao lado deles alguém livre, independente e equilibrada, somada ao amor por uma criatura singular e diferente, é o que dá liga. É o que embarca os sonhos. Fazer outra pessoa ter vontade, e não, ser pego pela barriga ou pelas circustâncias (leia-se: gravidez ou comida, tudo aqui vale). Depois da centésima decepção, e a volta de mais um ex-qualquer-coisa, é o que concluo. Acreditem: tenho mais de quatro no pé, ou melhor, nas mãos. E tão fugaz e excêntrica, não quero nenhum deles. O timer já tocou faz tempo, i'm sorry. É isso, entendi sim.
Camila Paier
blog caixinha delicada