Só sei viver um amor se antes passar pela cegueira da paixão. Não entregaria minha vida a outro de caso pensado, sou defendida e controladora demais. […] Ou seja, pelo intelecto a coisa não vai. Só mesmo a paixão, que é do reino da loucura, me põe entregue e besta, com as patas arriadas no chão. E eis a contradição outra vez: nada me descansa mais que um amor insensato – quanta paz e conforto há naquele punhado de instantes em que se vislumbra o paraíso!
Fernanda Mello
17:59 |
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